Não foi difícil entender: apenas quem ajudasse na programação à noite poderia ganhar a camisa e a bolsa do evento. Era a regra. A procura veio no dia seguinte: gente querendo ou até exigindo a camisa. Virou um bordão, "só quem ajudou no dia é que pode ganhar a camisa". A solidariedade se fez: motoristas, auxiliares, assessores, secretários e até o pessoal responsável pelo tombamento do patrimônio público disseram que ajudaram, de uma forma ou de outra.
Não entendia o motivo. A camisa deveria ser para identificar quem estava na organização do evento. Também servia como brinde, mas somente para algumas figuras de maior destaque. Apenas isso. Não deveria justificar abordagens na portaria às 07h45 perguntando se eu tinha sobras ou dois operários dispostos a interromper uma reunião de diretoria (pelo menos eles convenceram, dizendo que o trabalho nas obras desgastava muito o tecido da camisa e, por isso, nunca dispensavam qualquer peça grátis).
Nos dias posteriores muita gente usou a roupa. Devem fazer isso por uma semana, até enjoarem ou sentirem calor demais. Gosto da cor preta, mas não me interessei em usá-la com a imagem do evento. Não era feia, não era interessante. Talvez uma forma de identidade pessoal, talvez a idéia de que não se deve dispensar nada de graça (é uma camisa, não nossa juventude). Podia ser uma das justificativas para a procura. Orgulho ou gosto pelo tema não era. Pensei também que poderia ser uma prova concreta da participação no evento. Mas é uma razão prejudicada pelo número de pessoas que receberam a camisa e mal pisaram na recepção na noite de cerimônia.
Estou dando atenção demais a um caso sem importância. Diferença signicativa para quem, na noite do evento, foi ao cinema e que, na tarde do mesmo dia, pouco antes de ir pra casa, ouviu alguém com acesso às camisas perguntar se eu não queria uma. Respondi que não iria ao evento. Uma palavras no ar, levantei os olhos acima do monitor e vi a bolsa voando para a minha mesa. Quando caiu, uma parte do tecido preto envolto no plástico ficou à mostra. Disse "Ok" e guardei na minha pasta. Em casa, pendurei a bolsa com a camisa na ponta da cama. Não toquei mais, mal olhei de novo e provavelmente não pensaria mais nela, se não fosse tanta gente querendo uma igual, atribuindo uma importância maior do que o fato, mas à qual agradeço por servir de assunto ao último post do mês.
Não entendia o motivo. A camisa deveria ser para identificar quem estava na organização do evento. Também servia como brinde, mas somente para algumas figuras de maior destaque. Apenas isso. Não deveria justificar abordagens na portaria às 07h45 perguntando se eu tinha sobras ou dois operários dispostos a interromper uma reunião de diretoria (pelo menos eles convenceram, dizendo que o trabalho nas obras desgastava muito o tecido da camisa e, por isso, nunca dispensavam qualquer peça grátis).
Nos dias posteriores muita gente usou a roupa. Devem fazer isso por uma semana, até enjoarem ou sentirem calor demais. Gosto da cor preta, mas não me interessei em usá-la com a imagem do evento. Não era feia, não era interessante. Talvez uma forma de identidade pessoal, talvez a idéia de que não se deve dispensar nada de graça (é uma camisa, não nossa juventude). Podia ser uma das justificativas para a procura. Orgulho ou gosto pelo tema não era. Pensei também que poderia ser uma prova concreta da participação no evento. Mas é uma razão prejudicada pelo número de pessoas que receberam a camisa e mal pisaram na recepção na noite de cerimônia.
Estou dando atenção demais a um caso sem importância. Diferença signicativa para quem, na noite do evento, foi ao cinema e que, na tarde do mesmo dia, pouco antes de ir pra casa, ouviu alguém com acesso às camisas perguntar se eu não queria uma. Respondi que não iria ao evento. Uma palavras no ar, levantei os olhos acima do monitor e vi a bolsa voando para a minha mesa. Quando caiu, uma parte do tecido preto envolto no plástico ficou à mostra. Disse "Ok" e guardei na minha pasta. Em casa, pendurei a bolsa com a camisa na ponta da cama. Não toquei mais, mal olhei de novo e provavelmente não pensaria mais nela, se não fosse tanta gente querendo uma igual, atribuindo uma importância maior do que o fato, mas à qual agradeço por servir de assunto ao último post do mês.
Um comentário:
hehehe
Rapaz, o que c fez pra conseguir essa camisa hein? Eu queria muito aquela da campanha do Fábio pra direção do CLA. Não consegui. :-(
Valorize a sua!
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