Novamente a memória vence outras idéias e conduz a escrita. Não por nostalgia, remorso, saudade. Talvez uma mistura de tudo isso e além disso. Momentos onde a sua compreensão não é condição para aproveitá-lo. Cabeça baixa, não esperando aprovação, apenas respeito. Mesmo sozinho. E o levantar dos olhos, um dos momentos mais dignos e misteriosos do ser humano, ainda não veio. Não há pressa.
Sentado, braços sobre os joelhos, costas apoiadas na parede suja, no frio da noite. Sem busca de respostas coerentes para agir assim. Se existem, não importam. Muita coisa aconteceu e não houve tempo para refletir. Talvez porque não seja preciso, talvez nem seja recomendado. Mas é impossível não pensar a respeito. É fato assumido e acordado em todos os momentos de solidão tranqüila e pensativa.
A bebida nova é estranha, mas o gosto vai melhorando. Pra não ficar de estômago vazio, uns biscotinhos sem graça. Sensação de calma. Os olhos se levantam. As luzes da cidade parecem um pouco forte demais. Hipnóticas. As costas vão da parede ao chão. A vista, da cidade às estrelas. O copo ao alcance da mão. Por segundos, os olhos se fecham para se lembrar dos momentos de euforia e tristeza dos próximos dias. 'Quanto mais as coisas mudam, mais elas continuam as mesmas'. Mais o mesmo, mais se muda. O ser humano. Especial e atordoado por isso.
Imaginar tal noite descrita num texto de computador não passou pela cabeça. Se passasse, não faria diferença. Nem pessoas fariam, especialmente algumas. O mundo não fazia diferença. Apenas importava a calma, o céu, o copo e os fones nos ouvidos, fazendo aquela música entrar na mente e evocar tanta coisa tempos depois, agora e mais tarde.
Sentado, braços sobre os joelhos, costas apoiadas na parede suja, no frio da noite. Sem busca de respostas coerentes para agir assim. Se existem, não importam. Muita coisa aconteceu e não houve tempo para refletir. Talvez porque não seja preciso, talvez nem seja recomendado. Mas é impossível não pensar a respeito. É fato assumido e acordado em todos os momentos de solidão tranqüila e pensativa.
A bebida nova é estranha, mas o gosto vai melhorando. Pra não ficar de estômago vazio, uns biscotinhos sem graça. Sensação de calma. Os olhos se levantam. As luzes da cidade parecem um pouco forte demais. Hipnóticas. As costas vão da parede ao chão. A vista, da cidade às estrelas. O copo ao alcance da mão. Por segundos, os olhos se fecham para se lembrar dos momentos de euforia e tristeza dos próximos dias. 'Quanto mais as coisas mudam, mais elas continuam as mesmas'. Mais o mesmo, mais se muda. O ser humano. Especial e atordoado por isso.
Imaginar tal noite descrita num texto de computador não passou pela cabeça. Se passasse, não faria diferença. Nem pessoas fariam, especialmente algumas. O mundo não fazia diferença. Apenas importava a calma, o céu, o copo e os fones nos ouvidos, fazendo aquela música entrar na mente e evocar tanta coisa tempos depois, agora e mais tarde.
5 comentários:
omnia mutantur nihil interit... Grade comparação das luzes da cidade e das estrelas, as vezes as ciaddes lá decima nos fazem perguntar se afinal somos nós que estamos de ponta cabeça ...
ps.: o teu comentário sobre a síndrome de "paracelso" foi perfeito! :D
o ser humano é tão suscetível, uma simples música, ou um texto, ou um perfume, nos evocam as mais diversas sensações, e talvez se formos reparar, muita coisa não faria a mínima diferença...
(inspirada em Mary Shelley)
:)
Texto muito bonito, o que posso dizer mais?
Bjitos!
Gosto de me sentir assim de vez em quando, não sempre, mas a sensação de tudo junto misturado com o clima de um lugar como o texto descreve, me faz refletir várias coisas... Várias coisas importantes!
Beijão, Igor!
Hoje bebi uma Skol Beats e não senti nada! Meu Deus! Qual o problema comigo! Será a bebida errada? Será a atitude errada?
Pééééééín! Errado!
A resposta certa é: Eu não costumo fazer reflexões, porque no fim das contas eu não passo de um reflexo embaçado de algo que não precisa refletir pra continuar vivendo.
Bebo rápido!
Seria eu humano, Hakai?
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