Um, dois, três...

Claramente muito da paciência se perdeu com o tempo. A sutileza também foi se esvaindo. Não há certeza se o contrário deveria acontecer ou se era isso mesmo o esperado. Há dúvidas, isso sem dúvida. Tanto tempo e treino para exercitar algum possível auto-controle e fazer as coisas do jeito considerado certo. Voltas e mais voltas ao redor da questão, esperando encontrar alguma fissura ou então se jogar sagaz e furiosamente para resolver tudo. O fim pode não ser bom, mas ainda é fim.

Não se trata de exceção. Seria até comum se, a esta altura do campeonato, comum não fosse tão normal quanto ser espetacular. É comum sentir medo, é espetacular superá-lo. Certo, um incentivo, mas não ajuda. Ficam os agradecimentos, sinceros e com a disposição de retorno, mas agora a diferença mesmo só vai aparecer quando vier a certeza de quem vai brigar e, depois, quem vai a nocaute.

Não é querer chamar a atenção. Não agora. Muito distante também está o desespero. É mais uma necessidade. Não de fazer sentido, porque vale aproveitar a chance de descartá-lo. É uma necessidade de escape e orientação, mesmo não reconhecendo a bússola e nem mirando o norte. Só dando um tempo, sem murros ou becos escuros, para rever toda a química e sua eficácia e ver o quanto de veneno e o quanto de antídoto pode ser o egoísmo.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Não é querer chamar a atenção. Não agora. Muito distante também está o desespero. É mais uma necessidade. Não de fazer sentido, porque vale aproveitar a chance de descartá-lo. É uma necessidade de escape e orientação, mesmo não reconhecendo a bússola e nem mirando o norte. Só dando um tempo, sem murros ou becos escuros, para rever toda a química e sua eficácia e ver o quanto de veneno e o quanto de antídoto pode ser o egoísmo."

li isso com toda a minha vontade! muito bonito! tocante.

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