Fui assistir à pre-estréia de "Homem-Aranha 3" hoje, à meia-noite, no Moviecom Castanheira. Não gostei do filme. Mas, como disse a um amigo, cinema é cinema. Fui na estréia dos 3 filmes do Homem-Aranha e vou me lembrar disso com gosto pro resto da vida. No primeiro filme eu estava sozinho e fiquei totalmente absorto pela tela. No segundo eu estava acompanhado dos meus melhores amigos, o que tornou o filme agradável (mas ainda assim inferior ao primeiro, apesar das ótimas cenas de ação). Já o terceiro...
Era um momento especial. Meia-noite, filas enormes, ansiedade quase se solidificando no ambiente. Mas eu não estava animado. Pior: não estava comovido. Quem foi ou já ouviu falar da estréia de "O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei" no Cine Nazaré sabe o que quero dizer. Todo pensamento e ânimo voltados para a sala de cinema, sentindo-se bem e à vontade com isso. Não foi isso que aconteceu nessa madrugada no Castanheira.
O filme realmente não é bom, mas o maior responsável por esse ceticismo diante de uma estréia mundial nos cinemas sou eu mesmo. Não sei se ainda vou sentir o mesmo ânimo que senti em "O Retorno do Rei". Mudei de idéias e atitudes desde então. Muita coisa ao meu redor mudou também. Mas há circunstâncias que, felizmente, reconheço e valorizo mais ainda nessas ocasiões.
A primeira é que posso ter a certeza de que, cedo ou tarde, vem um filme capaz de provocar um transe. Não apenas pelo filme, mas pelo momento em que se vive. Lembro de "Encontros e Desencontros", "Closer" (esse fui ver duas vezes na telona), "A Passagem" e "Filhos da Esperança", só citando alguns. Essa morte transitória que o cinema ainda é capaz de provocar é o coração de quem procura o escuro da sala de projeção. E geralmente só se percebe de fato tal sentimento quando agrado ou dor estão envolvidos, como costuma ser com o próprio coração.
A segunda é que a companhia, que antes tratava como coadjuvante, tem uma importância titânica nesses momentos. Gosto de cinema e estar perto de alguém que entenda isso é cada vez mais reconfortante. Em "Homem-Aranha 3", ainda que reclamasse da demora, da fila, do horário e do filme, tudo valeria a pena por quem estava lá, principalmente meu irmão e a Íris. A proximidade de um e os abraços da outra dão a certeza de que, havendo escolha, faria tudo de novo, em qualquer filme, qualquer hora, qualquer shopping (como se houvesse muitos).
Enquanto ainda sei reconhecer o bem que isso me faz, tanto no cinema como em outros campos, não espero ter a mesma energia de "O Retorno do Rei". Espero apenas estar acompanhado de quem me faz bem e de quem me sorri feliz, seja na morte transitória dentro da sala, seja na vida irreversível fora dela.
3 comentários:
nossa! filmes, amoooo!
também ia assistir Homem-Aranha, mas meia-noite é impossível pra mim! :)
assisto depois, mas tu dizendo que o filme não é legal, já me deixa desempolgada! ha!
e Closer é perfeito, melhor filme que eu já vi, sem comparação! eu passaria umas 2 horas falando dele, mas vou me conter! :)
mas...essas emoções de filme, eu sei bem como é! embora nunca tenha ido ver filme algum no cine nazaré (?), entendo bem!
ah, obrigada por me lembrar de Closer, já posso ir pra aula renovada. sério.
enfim...
:*
Meia noite, filme meiote, acabada de sono (pra variar), mas eu adorei a sessão! Faria tudo de novo com uma diferença apenas: a volta pra casa...
bjos
ja assisti o filme, nao até o final, não foi lá aquelas coisas, mas valeu a pena, ate a parte onde eu assisti sim! :)
ei, me adiciona no orkut...assim que eu puder, eu te aceito...é que eu to longe de orkut...padecendo! :)
eu sou amiga do Thiago, do Fernando...
enfim...
:*
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