Fatia para o visitante

A visita do papa ao Brasil fez a imprensa direcionar a atenção pública para a igreja católica, principalmente para a diminuição do números de adeptos da religião. O papa, como bom chefe, pregou a defesa dos valores tradicionais sem esquecer de deixar claro que sua igreja está sempre aberta ao diálogo para dúvidas e questionamentos. Deduza-se por valores tradicionais aquilo que a família citada a seguir demonstra através da minha paciência em escrever.

Um médico católico fervoroso, junto com a esposa de comportamento semelhante, criou seus filhos nas missas e nas comunhões. Eles apareceram em uma reportagem do "Jornal Nacional" como exemplos de fiéis que a igreja católica está perdendo e que pretende recuperar. A imagem mostra uma mesa com toda a família do médico reunida, ele finalizando o agradecimento a Deus pela refeição. Pouco depois, diz que a família não concorda com o uso de preservativos. Para evitar a gravidez não-planejada e a transmissão de doenças, o melhor meio é a castidade (diz isso apontando para o filho). Logo após o dedo do pai, o filho afirma não ter vergonha em assumir que ele e a noiva serão virgens até o casamento. Aparece também a filha do médico, já devidamente casada e com o filho nos braços, dizendo do respeito dado ao matrimônio e que educaria criança nos mesmos ensinamentos que aprendeu.

Mais tarde, no "Jornal do SBT", os apresentadores pediam aos telespectadores para responderem pelo telefone se o discurso do papa fazia sentido no mundo de hoje. Ouvi pouco de um rapaz defendendo o uso de células-tronco e mudei de canal por cansaço da exposição do pontífice. Fiquei pensando na sutileza da matéria do "Jornal Nacional". A dúvida era saber se foi ironia ou cortejo.

Na mesma noite, pouco antes de deitar, lembrei do que já li e ouvi sobre religiões. Lembrei também de experiências que contribuíram para eu formar uma opinião a respeito do assunto. Pessoas e fatos que me ensinaram (e nem sempre aprendo fácil) a importância e os riscos de se ter uma crença divina. Ainda estou confuso em muitas partes, mas já me assegurei do que penso em pontos importantes.

Baseado em tais pontos, acho que entendi a intenção da matéria do "Jornal Nacional", concluindo pela lembrança do médico dizendo que o melhor meio de evitar doenças sexualmente transmissíveis era a castidade. Princípio semelhante quando se afirma que o jeito mais eficaz de nunca sofrer é não nascer.

Concordo com essa última parte sem manifestar opinião mais concreta. Apenas gostaria que o papa retornasse em setembro. O bolo seria mais saboroso.

2 comentários:

Anônimo disse...

sabe, eu bem que ia falar alguma coisa do papa, mas não sairia desse jeito assim.
a verdade é que isso também me 'encheu' a paciência, é muito chato ter que escutar tudo que tu não concorda né?!
enfim...tu espera que ele volte em setembro (rs), e eu espero que ele não volte nunca mais. Deus que me perdoe! :)

Cily disse...

Imagina a gente trabalhando na cobertura desse evento?!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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