Quando Cassino Royale foi lançado nos cinemas em 2007, houve quem chamasse o filme de “Bond Begins”, numa referência ao Batman Begins, um filme que ignora os capítulos anteriores da cinessérie do personagem e o reformula, apresentando uma nova origem mais adequada ao gosto do público atual. No caso de Batman, nada de bat-aparelhos mirabolantes e estilizados com o símbolo do morcego ou um personagem sociável e amigo da vizinhança como o Homem-aranha. E, no caso de 007, significava abandonar os aparelhos absurdos que Bond usava em suas missões, deixar os vilões menos grotescos ou megalômanos e outras características que, verdade seja dita, já estavam transformando estilo em caricatura de si próprio (como o Samuel L. Jackson e seus últimos personagens). A ordem era “humanizar” os protagonistas, mesmo que eles só obtenham pleno sentido em seus universos fantásticos. Batman é um super-herói sem superpoderes, sombrio, amargurado e psicótico. Sua principal arma é provocar medo. James Bond é um agente secreto desiludido e cínico com licença pra matar em suas missões. Em outras palavras, é também um assassino e não precisa de nenhuma tecnologia para matar.
Fórmula desgastada, fórmula nova. O estilo mais realista do filme dos X-Men repercutiu em Batman Begins. A nova visão de um agente secreto nos cinemas foi definida pela trilogia Jason Bourne (e também pela série de TV 24 horas e seu protagonista Jack Bauer). Neste ano, vieram as seqüências dos novos Batman e 007: Cavaleiro das Trevas e Quantum of Solace. CdT superou minhas expectativas. Quantum of Solace, não.
Até que ponto largar antigos vícios e costumes significa ficar irreconhecível? James Bond ainda é fiel e coerente ao apresentado em Cassino Royale, mas está cada vez mais distante do que caracteriza 007. Lutas de Jason Bourne, tecnologia de Jack Bauer. Ótimo. E o que diferencia James Bond dos outros? A resposta, ao meu ver, está nos livros do personagem: 007 não consegue se satisfazer com a sua vida pessoal e, por isso, fica horrível quando não está trabalhando, como mostra a cena em que está bebendo no avião. Ao contrário dos outros JB’s, James Bond gosta do que faz (por mais que se deprima com o trabalho). Não vi muita coisa além disso. E talvez não tenha visto porque esteja enganado.
Vale a pena se renovar, se reciclar, seja qual for o melhor termo. Podemos enjoar muito rápido das coisas (e das pessoas). Mas podemos sentir faltas de certos detalhes e fatos construídos ao longo do tempo, ou seja, sempre vamos reclamar. Mudando sem deixar de ser o mesmo. Nunca é fácil. Mas não há saída melhor, nem queda mais suave.
Fórmula desgastada, fórmula nova. O estilo mais realista do filme dos X-Men repercutiu em Batman Begins. A nova visão de um agente secreto nos cinemas foi definida pela trilogia Jason Bourne (e também pela série de TV 24 horas e seu protagonista Jack Bauer). Neste ano, vieram as seqüências dos novos Batman e 007: Cavaleiro das Trevas e Quantum of Solace. CdT superou minhas expectativas. Quantum of Solace, não.
Até que ponto largar antigos vícios e costumes significa ficar irreconhecível? James Bond ainda é fiel e coerente ao apresentado em Cassino Royale, mas está cada vez mais distante do que caracteriza 007. Lutas de Jason Bourne, tecnologia de Jack Bauer. Ótimo. E o que diferencia James Bond dos outros? A resposta, ao meu ver, está nos livros do personagem: 007 não consegue se satisfazer com a sua vida pessoal e, por isso, fica horrível quando não está trabalhando, como mostra a cena em que está bebendo no avião. Ao contrário dos outros JB’s, James Bond gosta do que faz (por mais que se deprima com o trabalho). Não vi muita coisa além disso. E talvez não tenha visto porque esteja enganado.
Vale a pena se renovar, se reciclar, seja qual for o melhor termo. Podemos enjoar muito rápido das coisas (e das pessoas). Mas podemos sentir faltas de certos detalhes e fatos construídos ao longo do tempo, ou seja, sempre vamos reclamar. Mudando sem deixar de ser o mesmo. Nunca é fácil. Mas não há saída melhor, nem queda mais suave.
Um comentário:
Como eu não sei "quem eu sou", nem "quem eu devo ser", é mais fácil lidar com as mudanças. Apesar de ter de cuidar para que elas sejam sempre pra melhor. 007 não me empolga! Até hoje prometo que vou ver o Batman Cavaleiro das Trevas e nada. Se bem que nessa fim de ano terei tempo. Acho que dá!
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